segunda-feira, 12 de abril de 2010

História 2

A cada ecografia uma surpresa boa. Na morfológica de segundo trimestre, descobri que estava gestando um casalzinho. Meu sonho mais sonhado era realidade. Ficamos todos radiantes, eu, meu marido, meus pais, irmãos,minha sogra, tios e tias. Mas ficamos também um pouco preocupados porque, a minha filhinha estava tão embaixo, que o médico não conseguiu medir sua cabecinha, mas não disse que havia algo errado. Nessa época eu também estava perdendo um muco espesso e amarelado. O meu médico, sem me examinar, decidiu tratar como uma inflamação banal e passou um creme vaginal. Seu primeiro erro. Na madrugada do dia 18 de outubro de 2009, não dormi bem, sentido a barriga mexer muito. Durante o dia, conversando com minha mãe por telefone (ela mora em Recife), ela me alertou que, no caso dela, a perda do muco estava relacionada ao início do trabalho de parto. Então fiquei alerta e durante a madrugada percebi a barriga mexendo muito novamente e que as mexidas na verdade eram contrações. Fui para o hospital, mas achando que não era nada demais. Quando cheguei lá, a plantonista fez um toque e constatou que eu já estava com pouco mais de 3 cm de dilatação, apesar de não sentir dor. Fui internada e passei 5 dias tentando inbir o parto. No quinto dia, meu médico decidiu me mandar para casa, onde eu deveria permanecer em repouso até o fim da gravidez. Isso mesmo, ele me mandou pra casa apesar da dilatação. Seu segundo erro. Resultado, voltei na mesma noite para o hospital com um sangramento. Lá, disseram que o quadro era o mesmo e que meus filhos estavam bem. Voltei para casa. De madrugada - sempre de madrugada - voltei para o hospital. Dessa vez, já estava com quase 6 cm de dilatação. Então, segundo os médicos, não havia mais como evitar o parto. Nós estávamos completando naquele domingo, 25 de outubro, 25 semanas. Eu sabia que estava vivendo uma situação extrema, mas confiava que Deus cuidaria de tudo, apesar de o médico repetir inúmeras vezes que a regra era não dar certo e que aquele parto estar mais para um aborto. Nossa, ele fez o que já era difícil se transformar em um verdadeiro filme de terror. Como se não bastasse, diante da diminuição das contrações, ele decidiu fazer uma cesárea, mesmo sabendo a importânca de um parto normal para prematuros. Seu terceiro erro. Na verdade, ele não estava nem um pouco preocupado com os bebês. Tanto que chegou a cogitar induzir o parto com ocitocina. Só não fez porque os neonatologistas impediram. Eu confesso que estava totalmente passiva. Aquela situação fugiu totalmente de tudo o que eu poderia ter imaginado e me preparado. Então não me senti segura para opinar. Faria o que ele dissesse.

Um comentário:

  1. Querida sobrinha, não da para calar...absurdo..kd esse médico?? tem q ser caçado... agora eu estou, realment sabendo o q se passou com vc, pq, até aí, só ouvía os comentários...bjs querida, Jesus e Maria estão com vc, a Sagrada familia te guarde, bjs da tia

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